
O Grêmio oficializou nesta semana a venda do lateral-direito Igor Serrote ao Al-Jazira, dos Emirados Árabes Unidos, em uma negociação avaliada em aproximadamente US$ 5,5 milhões — o equivalente a R$ 30 milhões. A transação representa mais do que um bom negócio financeiro: trata-se de um movimento estratégico que impacta diretamente o elenco gremista e marca um novo capítulo na carreira do jovem atleta revelado na base tricolor.
Embora tenha vendido a maior parte dos direitos econômicos de Igor, o Grêmio manteve 20% da chamada “mais-valia”, ou seja, do lucro sobre uma eventual venda futura do jogador. O contrato de Serrote com o clube ia até o fim de 2027, o que tornava o lateral uma peça valiosa para negociações e projeções a longo prazo.
A venda de Igor ocorre em um momento delicado para o setor defensivo do Grêmio. Os dois laterais-direitos que compunham o elenco — João Pedro e João Lucas — estão lesionados. Com isso, o técnico Mano Menezes deve improvisar o zagueiro Gustavo Martins na posição até que o clube resolva a reposição definitiva. A diretoria já estuda nomes no mercado, inclusive entre atletas da base.
Trajetória na base e ascensão ao profissional
Natural de Balneário Camboriú (SC), Igor Serrote chegou ao Grêmio ainda menino, em 2015, e passou quase uma década se desenvolvendo no centro de formação do clube. O apelido “Serrote” veio do estilo de corte de cabelo moicano, que lembrava o formato de uma serra. No profissional, fez sua estreia em setembro de 2024 e logo se destacou, sendo titular em diversos jogos da temporada de 2025, incluindo a recente partida contra o Palmeiras.
Além do bom desempenho pelo clube, Igor teve passagem marcante pela Seleção Brasileira Sub-20, com a qual conquistou o título do Campeonato Sul-Americano da categoria, disputado na Venezuela, consolidando-se como uma das promessas da sua geração.