O treinador Filipe Luís, do Flamengo, foi anunciado como um dos finalistas ao prestigiado prêmio de melhor técnico das Américas. Ele disputa o reconhecimento diretamente com Gustavo Costas, do Racing, e Gustavo Alfaro, que comanda a seleção do Paraguai. A indicação celebra o impacto imediato que o ex-lateral causou à frente da equipe carioca durante as competições da temporada.
Organizada pelo jornal uruguaio El País desde 1986, a premiação é decidida por meio de votos de jornalistas esportivos de todo o continente. O troféu avalia não apenas os títulos conquistados, mas também o desempenho esportivo e a evolução tática apresentada pelas equipes ao longo do ano. É considerado o reconhecimento individual mais importante para profissionais que atuam no futebol sul-americano.
Na edição anterior, o vencedor foi Artur Jorge, que se destacou ao levar o Botafogo aos títulos da Copa Libertadores e do Campeonato Brasileiro em 2024. Agora, o Flamengo tenta manter a hegemonia brasileira na categoria com a ascensão meteórica de Filipe Luís. O resultado final dependerá da análise dos cronistas sobre quem melhor equilibrou resultados e qualidade de jogo.
A ascensão de Gustavo Costas no Racing
Gustavo Costas entra na disputa fortalecido pela conquista da Recopa Sul-Americana de 2025, onde o Racing superou o Botafogo na grande decisão. O título continental foi o ápice de um trabalho sólido que devolveu o protagonismo internacional ao clube de Avellaneda. Sua gestão foi marcada pela competitividade em torneios de mata-mata e pela organização defensiva da equipe.
Além do sucesso na Recopa, o técnico levou o Racing às semifinais da Copa Libertadores e à decisão do Torneio Clausura na Argentina. O caminho até as fases finais foi trilhado com vitórias expressivas sobre gigantes como River Plate e Boca Juniors. Essas vitórias em clássicos locais pesaram favoravelmente para consolidar seu nome entre os melhores estrategistas do continente na atualidade.
Os números e o desempenho coletivo colocaram Costas como o principal destaque do futebol argentino na última temporada. Ele conseguiu extrair o máximo de seu elenco, unindo a tradição do clube a um estilo de jogo moderno e eficiente. Por esse motivo, é apontado por muitos analistas como o favorito a desbancar os concorrentes na votação do El País.
O retorno do Paraguai ao cenário mundial com Alfaro
Gustavo Alfaro completa a lista de finalistas graças ao trabalho histórico realizado à frente da seleção do Paraguai. O treinador assumiu o desafio de reestruturar uma equipe desacreditada e obteve êxito ao garantir o retorno do país à Copa do Mundo. Esse feito encerrou um longo e doloroso hiato de 16 anos longe da maior competição de futebol do planeta.
A classificação foi conquistada de forma direta, com o Paraguai terminando as Eliminatórias Sul-Americanas na sexta colocação. Sob o comando de Alfaro, a seleção recuperou sua identidade defensiva característica e demonstrou uma resiliência que surpreendeu adversários mais fortes. A vaga assegurada de forma antecipada transformou o técnico em um herói nacional para os torcedores paraguaios.
A indicação de Alfaro ao prêmio Rei da América reforça a importância do trabalho em seleções nacionais dentro da premiação. Embora não tenha disputado títulos de clubes no ano, o peso de levar uma nação inteira de volta ao mundial é um critério relevante para os jurados. Ele representa a capacidade de transformar elencos limitados em grupos altamente competitivos e estrategicamente disciplinados.
