
Em uma noite de euforia e tensão no Estádio Nilton Santos, o Botafogo deu um passo fundamental na busca pelo bicampeonato da Copa Libertadores de 2025. Enfrentando a forte equipe da LDU, em uma partida de ida das oitavas de final, o time carioca conquistou uma vitória crucial por 1 a 0. O resultado, embora magro, garante ao Glorioso a vantagem do empate no duelo decisivo de volta, a ser disputado na temida altitude de Quito.
O jogo começou de forma fulminante para a equipe comandada por Davide Ancelotti. A torcida, que fez uma recepção calorosa e preparou um impressionante mosaico, mal teve tempo de se acomodar em seus assentos. Com apenas 14 segundos de bola rolando, o ataque alvinegro mostrou toda sua eficiência. Arthur Cabral, demonstrando oportunismo e força física, desarmou a defesa equatoriana no círculo central. A bola sobrou para Alex Telles, que, com precisão cirúrgica, fez um cruzamento perfeito na área. Artur, o camisa 7, aproveitou a sobra e, com um toque rápido e certeiro, estufou as redes de Gonzalo Valle, marcando o gol mais rápido desta edição da Libertadores.
Esse gol relâmpago, no entanto, não transformou a partida em um passeio. A LDU, sob o comando do técnico Tiago Nunes, não se deixou abater e rapidamente reagiu. Superando o susto inicial, a equipe equatoriana passou a equilibrar as ações, apostando em um toque de bola envolvente e explorando os espaços deixados pela defesa botafoguense. O goleiro John, do Botafogo, teve que mostrar toda sua capacidade em pelo menos duas ocasiões. Primeiro, em um voleio perigoso de Cornejo, de fora da área, que exigiu uma defesa espetacular. Depois, já na etapa final, ele saiu mal do gol em um erro defensivo, mas a intervenção providencial de Vitinho, que salvou a bola em cima da linha, evitou o empate que parecia iminente.
O jogo se desenhou com o Botafogo tentando, sem grande sucesso, explorar os contra-ataques, enquanto a LDU mantinha a posse e a pressão. A entrada de Matheus Martins na segunda etapa trouxe um novo ânimo ao ataque alvinegro, mas as oportunidades criadas por ele e por Joaquín Correa esbarraram na falta de pontaria e nas boas intervenções do goleiro Valle. O placar de 1 a 0 se manteve até o fim, refletindo uma partida tática e disputada, em que a vitória foi conquistada mais pela eficiência inicial do que pelo domínio total.
Agora, o destino da vaga será selado em Quito, no Equador, na próxima quinta-feira, dia 21. O Botafogo precisará de um empate para avançar às quartas de final, onde enfrentará o vencedor do confronto entre São Paulo e Atlético Nacional. A LDU, por sua vez, terá que usar a força de sua altitude e de sua torcida para reverter o placar e seguir na competição. A tensão do duelo no Nilton Santos agora se transfere para a capital equatoriana, onde o Glorioso terá o desafio de superar não apenas o adversário, mas também as condições de jogo adversas. A expectativa é de mais um jogo eletrizante, digno da história e da grandeza da Libertadores.